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domingo, 21 de fevereiro de 2010

0 Sem sono

Agora tu dormes tranquilo
E eu aqui pensando, sem sono
Tentando encontrar uma saída
Para nossas vidas finalmente andarem juntas

Mas esquanto me preocupo
Tu dormes tranquilo
E eu com medo de fechar os olhos
E ter pesadelos a noite inteira

Sonhar que nunca realizaremos esse desejo
Que o tempo, cruel, está passando
E nosso destino se perdendo

Mas enquanto penso nisso tudo
Tu dormes tranquilo...

Acho que vou dormir também.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

2 Saudade

Sinto falta do que não vivi ainda.
Saudades do meu marido, dos meus três filhos, dos cinco cachorros, dos três gatos e dois papagaios.

Sinto falta da nossa casa com jardim.
Às vezes com piscina, quando esperançosa, às vezes sem, quando humilde. Mas sempre muito calorosa.

Relembro as viagens que não fiz. Os amigos que não conheci. As experiências que não passei. O dinheiro que não ganhei (e não gastei).

Mas a saudade é tanta que dói no peito. Fico me perguntando: viverei isso de novo?
Ou será que essa vida nunca foi, de verdade, minha?

Autor: NRB


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

0 Carnaval

Então chegamos a mais um carnaval... Época que muita gente espera ansiosamente! Afinal, no carnaval pode tudo. Pode beber até cair, pode beijar muito, pode ser inconsequente até... a gente perdoa, afinal é carnaval!

Acho que 99% da população pensa assim. Eu sou parte do 1% restante. Não acho a menor graça. Deve ser porque eu nasci na época errada. Aqueles carnavais de antigamente, esses sim, eram bem interessantes. As pessoas caprichavam nas fantasias, lança-perfume era só pra brincadeira, as brigas eram de/por amor. E as marchinhas? Quanta criatividade! Cheias de mensagens subliminares, inteligentes e divertidas.

Agora olha hoje: um bando de gente que sai atrás do trio eletrico literalemente, pois não sabe fazer outra coisa. Escutando aquelas música totalmente vazias de sentido. Alguem já parou e prestou atenção na letra? Faça-me o favor! Exemplo para ilustração:

Chiclete, chiclete, quero chiclete
Chiclete, quero chiclete (...)
Chiclete pra grudar no seu ouvido
Chiclete pra tocar no coração (...)
Não é lambada, não é
Não é merengue, não é
Sabe qual é, qual é, qual é?
É chiclete com banana
Chiclete oba!

Ah meu filho, antes fosse lambada e merengue! Pelo menos essas tinham algo a contar. Se o ritmo é a grande estrela do axé, então que tal tirarem a letra das músicas? Pelo amor de Deus, salvem nossos ouvidos!

Até então eu não tinha nada contra o samba carioca, aqueles das escolas de samba. São autenticos, contam uma história. Mas eis que me surge isso (resumidamente porque fica repetindo a mesma coisa):

Mulher, mulher, mulher
É a mulher (repete umas 10 vezes)
Uma mulher, duas mulher, três mulher (e segue contando)
(...)

Heim? Além de não dizer absolutamente nada, ainda presta um deserviço ensinando as pessoas (que já não falam corretamente) a não conjugar os verbos no plural! Chega a doer. Entendo que a intenção foi boa, mas está faltando um pouco de criatividade e inteligencia, gente!

Será que chegamos numa época onde os rebolations da vida são a grande sensação? Cadê os artistas que tem algo a dizer? Acho que entraram em extinção.

Que bom que chegou o carnaval...